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São Caetano do Sul, Região do ABCD /São Paulo, Brazil
Não sabemos o que somos e sim o que NÃO somos! Não somos uma organização não governamental sem fins e muito menos com fins lucrativos (ONGs); Não somos um INSTITUTO; Não somos uma INSTITUIÇÃO nem pertencemos a uma; Não somos de CONSELHOS nem representamos segmentos. Não defendemos bandeiras PARTIDÁRIAS. Sendo assim, somos ILEGÍTIMOS aos olhos dos Poderes Constituídos!

Sanitário público da praça Jácome Formiga - Barreira Atitudinal.




A Barreira Atitudinal é a mais difícil de ser combatida, erradicada, pois é necessário que a sociedade entenda e respeite as diferenças. Dela derivam as demais barreiras como a arquitetônica, a comunicacional, a instrumental a metodológica e a programática.  “As barreiras atitudinais, porém, nem sempre são intencionais ou percebidas. Por assim dizer, o maior problema das barreiras atitudinais está em não as removermos, assim que são detectadas.” (LIMA, 2008, p. 31).



Postado em 24. 05. 2011


Sanitários públicos em áreas de lazer, como este na praça Jácome Formiga em São Caetano  do Sul, são muito bem-vindos.

Imagem de @MicaZanelatto

Ainda mais quando se têm cabines que permitem o acesso, por exemplo, de pessoas que fazem uso de cadeira de rodas, como a indicada na imagem abaixo.

Imagem de @Mica Zanelatto.


Mas infelizmente é corriqueiro encontrarmos  tais cabines transformadas em depósitos.

A cabine acessível do sanitário masculino da praça Jácome Formiga está tomada por mesas e cadeiras. Essa atitude impossibilita que um cidadão que faça uso de cadeira de rodas utilize o ambiente.



Imagem de @MicaZnelatto

Pessoas, estas cabines, assim como as demais, devem estar disponíveis para o uso. Ninguém tem o direito de retirar o direito de alguém fazer xixi!


Transformar sanitários acessíveis em depósitos é tão comum que encontramos essa triste realidade  dentro das escolas municipais de São Caetano do Sul!


Tuca Monteiro




Acompanhe desdobramento na janela dos comentários.

10 comentários:

  1. Ontem por volta das 22:00 hs, voltando do curso básico de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), passei em frente à praça Jácome Formiga e como somente havia três pessoas no local resolvi “dialogar” sobre as cadeiras na cabine adaptada com o responsável pela lanchonete da praça.

    Perguntei se fora ele quem colocara as mesas e cadeiras dentro da cabine. Disse-me que sim, já que não há outro local para guardá-las. Disse a ele, com toda a calma do mundo, que as cabines DEVEM estar disponíveis para o uso e que os objetos DEVEM ser retirados. Com um tom ríspido (quando apontamos uma falha, como o uso inadequado dos sanitários ou o uso das vagas destinadas às pessoas com deficiência física, o tom das pessoas geralmente é ríspido principalmente da PM e dos GCMs) disse que tem permissão da Prefeitura para utilizar a cabine do sanitário para este fim (na verdade disse que o prefeito autorizou o uso, acredito que tenha se equivocado!). Insisti novamente que as cabines DEVEM estar livres, pois caso apareça alguém que esteja fazendo uso de cadeiras de rodas não terá como utilizar o sanitário. O responsável pela lanchonete alegou (defesa) que a praça não é frequentada por “deficientes”(sic), mas caso apareça alguém querendo utilizar a cabine basta lhe avisar. Informou que nos finais de semana a cabine fica “liberada” para o uso.

    Enviamos esta postagem, e outras, para os e-mails da Prefeitura e Secretarias responsáveis pela praça com cópia inclusive para os vereadores e MP, como não houve retorno dos e-mails acredito que todos receberam as imagens, a não ser a Secretaria Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência ou Mobilidade Reduzida cujo e-mail endereçado inclusaoscsul@gmail. retornara.

    Veremos na próxima semana se a cabine acessível do sanitário público da praça Jácome Formiga finalmente estará livre para o uso em qualquer dia da semana.

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  2. Muito bem: a Prefeitura autorizou o comerciante a utilizar a cabine do banheiro destinada a pessoas com deficiência como depósito. A praça não é frequentada por "deficientes", embora 10,9% da população sulsancaetanense declarara ao IBGE ter algum tipo de deficiência. Então quer dizer que aos finais de semana a cabine "fica liberada": não porque hajam frequentadores com deficiência, mas porque há aumento de frequentadores sem deficiência e por isso há a necessidade de se disponibilizar mais mesas e cadeiras que estão depositadas na cabine do banheiro destinada a pessoas com deficiência.
    Mesas e cadeiras estas lá depositadas com autorização da Prefeitura, como alega o comerciante (e acredito piamente que ele não esteja mentindo).
    Lanço um desafio público ao Sr. Dr. José Auricchio Jr., Digníssimo Prefeito desta cidade e à Sra. Lilian Cristina Fernandes, Digníssima Secretária da Secretaria dos Direitos(sic) da Pessoa com Deficiência ou Mobilidade Reduzida (SEDEF):
    Convido ambos a irem à Praça Jácome Formiga – em dia útil, claro – e levarei duas cadeiras de rodas. Sentar-se-ão cada qual na sua e darei 2 litros d’água a cada para beberem. Dez minutos após terminarem de ingerir os dois litros d’água, pedirão ao comerciante para utilizarem a cabine do banheiro destinada a pessoas com deficiência – afinal, como disse o comerciante, “caso apareça alguém querendo utilizar a cabine basta lhe avisar”. Presumo que ele retirará TODAS as cadeiras e mesas depositadas na cabine do banheiro destinada a pessoas com deficiência que se utilizam de cadeira de rodas.
    Creio, Sr. Prefeito e Sra. Secretária, que tal operação dure alguns minutos: nada que lhes incomodem.
    O desafio é: AGUARDARÃO PACIENCIOSAMENTE A RETIRADA DE TODAS AS MESAS E CADEIRAS QUE AUTORIZARAM AO COMERCIANTE A UTILIZAÇÃO COMO DEPÓSITO DA CABINE DO BANHEIRO DESTINADA A PESSOAS COM DEFICIÊNCIA SEM SAIREM DAS RESPECTIVAS CADEIRAS E SEM URINAREM NAS CALÇAS.

    Aceitam?

    Amílcar Zanelatto Fernandes

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  3. Passei novamente na praça Jácome Formiga e constatei (um mês depois) que nada mudou. A cabine acessível do sanitário masculino continua servindo de deposito para cadeiras e mesas da lanchonete.

    Já falei com o responsável pela lanchonete, já enviamos e-mails para vereadores, prefeitura, secretários (as), ou seja, os administradores do município e os representantes do povo já então cientes do fato.

    Basta alguém da prefeitura explicar ao cidadão, que ganhou o direito de usar aquele espaço PÚBLICO, que sanitário não é lugar de guardar cadeiras e mesas.

    Eta barreia atitudinal!

    Esse descaso demonstra que o sanitário acessível somente existe porque há uma Lei Federal que assim determina. Não há a preocupação por parte da administração municipal em tornar a cidade de fato para TODOS.

    Teremos que recorrer ao Ministério Público toda vez que detectarmos um erro, um deslize, um equivoco da administração municipal?

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  4. Penso que sim, querida Tuca. Denunciarmos ao Ministério Público com cópia para a imprensa, uma vez que a denúncia com cópia aos (às) responsáveis não está surtindo efeito.

    Mas, enquanto isso, as Instituições de São Caetano do Sul continuam tendo total apoio dos "técnicos e técnicas" da SEDEF.

    E da Prefeitura e da Câmara Municipal.

    E o Prefeito e a Secretária da SEDEF não aceitarão meu desafio, claro.

    Amilcar Zanelatto Fernandes

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  5. Um mês e uma semana após a divulgação das imagens e a cabine acessível do sanitário masculino continua sendo utilizada como depósito para guardar mesas e cadeiras!

    Ontem, por volta das 21:00hs, perguntei ao responsável pela lanchonete se havia removido as mesas da cabine. Irritado, perguntara se eu era da Prefeitura. Disse-lhe que NÃO (!), mas que havia enviado e-mails para os Órgãos competentes expondo a situação. Disse-me novamente, e muito irritado, que tem autorização do Prefeito para utilizar o espaço como bem entender.

    Ok. Dei meia-volta e peguei o caminho da roça, quando ouvi o moço reclamar (palavras acaloradas) da minha “insistência” para as demais pessoas que estavam no local (uma mulher e dois homens, sendo um deles um senhor de idade). Voltei e disse novamente que as cabines devem estar disponíveis ao uso.

    Os dois senhores entenderam que eu estava me queixando pelo fato do responsável pela lanchonete trancar os sanitários ao encerrar o expediente. Argumentaram que é ele quem zela pelo lugar e que se há sanitário utilizável é graças a ele, pois a Prefeitura não cuida. Que os jovens que frequentam a praça vandalizam (de fato, a praça está bem deteriorada. E é nova!): quebraram os espelhos, arrancaram torneiras, retiraram as portas dos sanitários e quem repôs tudo fora o responsável pela lanchonete, que inclusive comprou novas portas e agora as tranca impedindo, assim, nova onda de vandalismo.

    E continuaram falando (desabafando) da falta de segurança, da presença incômoda dos usuários de maconha, da agressividade de alguns “skatistas”, da omissão da GCM e da PM* que nada fazem...

    E sugeriram a mim, ao invés de reclamar do responsável pela lanchonete (que faz tudo e mais um pouco para manter o lugar em ordem), que fizesse um abaixo-assinado solicitando policiamento e manutenção do local! Concordo plenamente com o abaixo-assinado, mas por que eles, ao invés da minha pessoa, não se mobilizam? Afinal são os frequentadores da praça e moradores do entorno! O que temem?

    Expliquei que a minha queixa é quanto ao uso inadequado, pelo responsável da lanchonete, da cabine acessível que DEVE estar livre para quem faz uso de cadeira de rodas, por exemplo, e do descaso da Prefeitura que está ciente e nada fizera até o momento. Obviamente que ouvi mais uma vez que “deficientes” não frequentam a praça. Que garantir o direito de um cidadão utilizar o sanitário é um detalhe pequeno comparado com a onda de vandalismo que assola o local. Esse olhar somente será transformado quando o ciclo da invisibilidade for rompido, e a ação poder público municipal é fundamental nesse processo; porém, está deixando a desejar!

    Contudo, após um profícuo diálogo, o responsável pelo espaço se incumbiu, novamente, em dar um outro destino às mesas e cadeiras.

    Será que a barreira de atitude vencerá está batalha?

    Veremos na próxima semana.


    *Ao vir embora, fui acompanhada pelo senhor idoso até o canteiro da av. Kennedy. Avistei uma viatura da PM, fiz sinal e pararam em frente ao ABREV. Disse ao senhor para informar sobre o grupo que estava utilizando maconha na praça. O senhor, temerário, não quis que o vissem conversando com a PM e preferiu ir embora. Os guardas se aproximaram e eu expliquei que havia jovens utilizando “drogas ilícitas” na praça e que isso incomodava aos frequentadores da lanchonete. Disseram, com muita educação, que nada podiam fazer a respeito, que não podiam retirar o “direito de ir e vir” dos cidadãos.

    O curioso é que sempre noto viaturas, tanto da PM quanto da GCM, estacionadas sobre o passeio público e obstruindo rampas de acesso a calçada; neste caso o que menos importa é o direito de ir e vir do cidadão, não é, autoridades?

    Fica uma lição: se para aqueles senhores, garantir o direito de alguém fazer uso do sanitário é perder tempo (ouvi: você não conseguirá mudar o mundo!), para a PM perder tempo é ficar se preocupando com os usuários de maconha que tanto incomodam aos senhores frequentadores da praça.

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  6. Um mês e duas semanas após as imagens e...

    Encontrei o sanitário sem as cadeiras e mesas! Acredito que devido ao fato de haver muitas pessoas na lanchonete, portanto todas as mesas e cadeiras estavam em uso! No sanitário apenas encontrei duas mesas empilhadas e uma churrasqueira próxima ao acesso da cabine acessível.

    Não fui conversar com o responsável pela lanchonete, estava ocupadíssimo. Irei com o Fábio, que é usuário de cadeiras de rodas, verificar se a cabine está liberada durante todo o dia. A Prefeitura até o presente momento nada fizera. Penso: se isso acontece em sanitários abertos ao público, imagina os sanitários das escolas municipais!

    Novamente ouvi muita queixa sobre a falta de segurança e manutenção do senhor que frequenta a praça. Uma GCM que estava de folga também participara da nossa conversa. Conversar com a guarda municipal é sempre uma surpresa! Soubemos que muitos concursados para a GCM recebem os salários correspondentes à função, no entanto, estão dentro das secretarias desenvolvendo outras “atividades” (que não é a de guarda) e recebendo, também, para isso. São conhecidos como os amigos dos “político-zinhos”. E enquanto isso, a praça Jácome Formiga e outros locais carecem de segurança por falta de guarda!

    Uma CPI da Guarda Municipal seria bem proveitosa, VEREADORES.

    Assim como uma CPI da Acessibilidade.

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  7. Querida Tuca:
    Como havia dito em comentário anterior, as mesas e cadeiras somente são retiradas quando há evento que justifique.
    A Prefeitura, ao que parece, concedeu o espaço para exploração comercial condicionando o uso à manutenção pelo concessionário, tanto do espaço da lanchonete quanto do banheiro PÚBLICO.
    Pela declaração do Sr. com qual conversara, como também do próprio comerciante, o "próprio Prefeito" AUTORIZOU o uso da cabine do banheiro destinada a pessoas com deficiência como depósito.
    O que chama também muita atenção é que, além dessa ignomínia, a reforma dos banheiros PÚBLICOS da Praça custaram aos cofres públicos R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais!.
    Então... quantos metros quadrados abrangem os sanitários reformados da Praça? Uns 30m2? Uns 40m2? Nesta reportagem da época, vê-se claramente superfaturamento: http://www.jornalabcreporter.com.br/fotos/Pg1660.pdf
    (Aliás, nobre edil Edgar Nóbrega, o preço de 3 mil/m2 é para construção de ALTÍSSIMO padrão).
    Então temos um banheiro "reformado" por 150 mil, com uma cabine para uso de pessoas com deficiência que é utilizado como depósito sob as bênçãos do Sr. Prefeito.

    E a Secretária da SEDEF foi Presidenta do Instituto Mara Gabrilli. E o Presidente do Conselho Municipal da Pessoa Portadora(sic) (aliás, querida, entendi o porquê de colocarem esta "notícia" aqui http://www.saocaetanodosul.sp.gov.br/interna.php?conteudo=3778 . Eles retiraram a expressão "Portadora"!)de Deficiência ou Mobilidade Reduzida veio lá de São Bernardo do Campo, munido de um currículo impressionante, para não dizerem absolutamente nada sobre esse caso emblemático de barreira atitudinal.

    Mas não serei injusto: talvez eles digam "Infelizmente..."


    Farei uma pesquisa para saber sobre o edital de concessão do espaço para exploração da lanchonete da Praça.

    P.S.: Boa ideia, a das CPIs, querida Tuca.
    P.S.2: Então, Auricchio e Lilian: aceitarão meu desafio?

    Amilcar Zanelatto Fernandes

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  8. Bom dia Amilcar...

    Os sanitários, cuja reforma custou ao cofre público municipal a “bagatela” de cento e cinquenta mil reais, ficam no parque Cidade das Crianças, parque este que está precisando de uma reforma urgente.

    A situação exposta ocorreu nos sanitários da praça Jácome Formiga, aliás, área que pertencia ao parque citado!

    Aproveito, já que citara o “escândalo” (somente para alguns) dos sanitários superfaturados, e pergunto:

    Tais denúncias - digo no plural, pois também houve a denúncia da reforma e pintura de uma tal Casa da Boneca no mesmo valor - foram feitas por que os ‘representantes do povo’ ficaram indignados com o mau uso do dinheiro público pela administração Auricchio, ou a denúncia fora apenas para fins de interesse político partidário (poder, poder, poder) ?

    Até o “empreiteiro” Cressoni (pivô do esquema de corrupção da gestão Tortorello) fora “usado”, à época, pelo ex-vereador e atual titular da Secretaria dos Esportes Gilberto Costa (o GC para os íntimos, e boca grande segundo o Prefeito), para avaliar em quanto à reforma estava superfaturada!

    Abafaram?

    Isto aqui é uma Sucupira.

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