Sobre o Movimento Popular INCLUA-SE

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São Caetano do Sul, Região do ABCD /São Paulo, Brazil
Não sabemos o que somos e sim o que NÃO somos! Não somos uma organização não governamental sem fins e muito menos com fins lucrativos (ONGs); Não somos um INSTITUTO; Não somos uma INSTITUIÇÃO nem pertencemos a uma; Não somos de CONSELHOS nem representamos segmentos. Não defendemos bandeiras PARTIDÁRIAS. Sendo assim, somos ILEGÍTIMOS aos olhos dos Poderes Constituídos!

III.I - Revitalização da rua Piauí - Rampas nas calçadas





Assunto das postagens:  

23.10 - Barreiras no acesso à calçada.

25.10 - Rampas com inclinações elevadas

14.11 - Exemplos de acesso às calçadas. 

21.11 - Vias arqueadas: barreiras difíceis de serem vencidas!

 
Postado em 23.10.09.

 

Acesso pleno as calçadas: algo ainda a ser conquistado?!
 

(esquina da rua Piauí com a rua Nossa Senhora de Fátima)

Sim, algo ainda a ser conquistado na rua Piauí! Constatamos que não há, no trecho observado, uma única rampa que esteja plenamente acessível!

 
A primeira barreira de acesso à calçada fora a canaleta - uma espécie de calha na sarjeta para escoamento das águas. Necessitei de ajuda para transpô-la de modo a evitar que as rodas frontais da cadeira ficassem presas. Sabemos que há pessoas que conseguem transpor tais barreiras inclinando a cadeira para trás, porém, nem toda cadeira possibilita tal movimento, nem todos possuem disposição física para tal feito!
 
Além disso, as canaletas impedem que o usuário de cadeira de rodas obtenha impulso para transpor as rampas. 
 
IM - PUL - SO!!!!! 
 
Isso mesmo, somente com impulso uma pessoa conseguirá transpor as rampas íngremes: a rampa da imagem está com mais de 10% de inclinação! A norma técnica admite rampas em calçadas com até 8,33%(?)!!!!!!! Vencer rampas com estas inclinações, e no braço (!), somente sendo ATLETA, ou melhor... 

 
PARATLETA!!!!!
 
(google imagens)

Do mesmo modo, o acesso com segurança à calçada pelas pessoas com deficiência visual (cegos e com baixa visão) também ficara comprometido pelas canaletas, uma vez que, as mesmas podem ocasionar tropeços e prováveis quedas!
 

Além da canaleta, observamos que o piso tátil de alerta locado sobre a rampa íngreme dificulta a transposição da mesma. O relevo (tronco-cônico) deste piso, associado à inclinação abusiva da rampa tende a desgovernar as rodas frontais da cadeira ficando impossível manter-se no eixo de equilíbrio. A cadeira tende a girar sentido a guia.

 
Atenção caros (as) leitores (as): o problema não está no emprego do piso tátil sobre a rampa e, sim, na inclinação abusiva!


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Postado em 25.10.09


Quanto às inclinações das rampas nas calçadas, como já dito, a norma estabelece inclinação máxima de 8,33% sendo o comprimento mínimo da rampa de 1,20 m, desse modo, a altura máxima da guia, ou seja, da calçada, deve ser de 10 cm. Porém, as guias das cidades costumam ter altura superior a citada; algumas chegam a 15cm de altura! 
 
Guias com mais de 10 cm de altura e rampas com comprimento inferior a 1,20 m, como as da rua Piauí, resultam em rampas com inclinações elevadas que mais parecem rampas para carros...


como esta da imagem com mais de 15% de inclinação!... 

 
(rampa esquina da rua Piauí com a Venceslau Brás)

E essa outra com inclinação superior aos 20%!
 


Tais inclinações se devem não somente as guias acima dos 10 cm, mas também, a inclinação transversal das calçadas que está muito acima dos 3% estabelecido pela norma técnica. Observem: as rampas das imagens seguem a inclinação das calçadas!

Sendo assim, fica impossível transpor tais rampas com autonomia, conforto e segurança utilizando uma cadeira de rodas, e será incomodo para quem faz uso de muletas e bengalas ou conduza carrinhos tanto de bebês quanto de compras.

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Postado em 14.11.09

E o que fazer, se as cidades possuem guias com alturas que não possibilitam obter rampas com inclinações suaves e calçadas estreitas que impossibilitam o emprego de rampas com 1.20 m de comprimento ou superior ?

“Navegando” pela “net” encontrei esta imagem que poderia ser uma solução para vencer as alturas excessivas das guias...

 
(google image)


São rampas de uma avenida na cidade de Maringá no Paraná. Observem que o início da rampa não se dá no nível da sarjeta como as da rua Piauí, ao contrário, a rampa está alguns centímetros acima do nível de modo a manter-se no mesmo nível da via de autos permitindo, assim, uma passagem livre de obstruções para as calçadas; livre inclusive das inconvenientes poças d’água e das perigosas canaletas. Esta solução propicia rampas com inclinações suaves, alias, 
 

COMO DEVEM SER TODAS AS RAMPAS DE ACESSO: ACESSIVEIS!


E que “tal” rampas com 5% de inclinação ao invés de 8,33%?

E por que não travessias de pedestre no nível do calçamento?!

Como as das imagens abaixo na cidade de Vitória no Espírito Santo livres de qualquer obstáculo, garantindo maior conforto ao pedestre e controle da velocidade dos automóveis, uma nova forma de apropriação do ambiente! 
 
(google image)

A circulação de pedestre sendo prioridade nas cidades brasileiras dos automóveis ! Seria uma excelente inversão dos paradigmas do modo de vida urbano rumo a sustentabilidade.

Aos Planejadores Urbanos:
Cidades sustentáveis são, sobretudo, cidades Acessíveis.

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Postado em 21.11.09
 

Notamos na rua Piauí algo muito comum nas ruas de São Caetano do Sul e de outras cidades: o excessivo arqueamento da via para autos!
 
Vocês já devem ter vivenciado situações como: dificuldade em sair do carro devido à inclinação transversal da via ou dificuldade em acessar a calçada, já que com o arqueamento da via a sarjeta fica semelhante a uma vala e em muitos casos temos que dar um pulinho, quando não, um saltinho!
 
Imaginem uma pessoa que faz uso da cadeira de rodas ou muletas tendo que vencer essas “valas” para acessar as rampas ou tendo que sair de um carro!
 
( esquina da Rua Piauí com a Rua Marina Jacomini)
 
Fica difícil!... 
 
Eu penei um “bocadinho” para acessar a rampa da imagem. Minha coluna lombar chiou. Sei, sei que devemos concentrar os esforços no abdome, mas na hora do sufoco quem é que vai lembrar de não sobrecarregar a coluna!


( esquina da Rua Piauí com a Rua Marina Jacomini)

Também fora difícil acessar a faixa de pedestre. Tive que fazer força para controlar a velocidade da cadeira de modo que a mesma, com o impacto decorrente das inclinações não me arremessasse ao chão! Hummm, meus punhos “artríticos” chiaram...
 
Lembrando que:
não sou usuária de cadeira de rodas e, por isso, consegui com muita dificuldade vencer as barreiras (inclinação da via para autos e rampa íngreme). Uma pessoa usuária de cadeira de rodas, dependendo da lesão, necessitará de ajuda para vencer estas barreiras devido ao esforço solicitado! São perigosas podendo ocasionar quedas.


E um idoso (a) tendo que transpor essas “valas”, já imaginaram a dificuldade?!...
 
Como a Dona Nair, moradora do bairro Nova Gerti... 
 

(Rua Marlene-bairro Nova Gerti)

Esta senhora simpática e serelepe fora vítima de uma calçada mal executada, tropeçou e: 
 
olá chão! 
 
Lesionou um dos joelhos, passou por uma intervenção cirúrgica e, às vezes, é obrigada a fazer uso da bengala. Aliás, santa bengala (!) dá uma ajudinha na hora de vencer as “valas”.
 
Fico aqui pensando quantas pessoas já foram vitimas dessas barreiras e, dessas, quantas foram atrás dos seus direitos.

E como há valas resultantes do arqueamento das vias no bairro Nova Gerti...

(Rua Nelly Pellegrino - bairro Nova Gerti)

O curioso é que os munícipes não estão solicitando o rebaixamento das guias para os acessos as garagens, estão elevando as sarjetas de modo que as mesmas fiquem no nível do calçamento e do ponto central da via (notei que os pontos centrais das vias arqueadas estão acima do nível das calçadas!), facilitando o acesso dos automóveis! É o usuário fazendo uso do bom senso, afinal, é desagradável raspar o carro toda vez que tiver que adentrar em uma garagem. 
 
Esta solução é semelhante à executada nas rampas de acesso para o usuário de cadeira de rodas, em Maringá, exposta na postagem anterior, pois o usuário de cadeira de rodas também não deseja raspar o apoio dos pés da cadeira muito menos ficar travado pelos mesmos sem poder acessar a rampa.

(Rua Marlene-bairro Nova Gerti)

 
Portanto faço um apelo aos Urbanistas, Engenheiros, Arquitetos e afins das prefeituras:
retirem o BOM SENSO do fundo da gaveta e usem-no! 

(desculpem se estou sendo grosseira, mas a indignação fala mais alto!)

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