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São Caetano do Sul, Região do ABCD /São Paulo, Brazil
Não sabemos o que somos e sim o que NÃO somos! Não somos uma organização não governamental sem fins e muito menos com fins lucrativos (ONGs); Não somos um INSTITUTO; Não somos uma INSTITUIÇÃO nem pertencemos a uma; Não somos de CONSELHOS nem representamos segmentos. Não defendemos bandeiras PARTIDÁRIAS. Sendo assim, somos ILEGÍTIMOS aos olhos dos Poderes Constituídos!

Barreira Atitudinal: Sanitários do teatro Santos Dumont.


Postado em 13.07.2012


 A Barreira Atitudinal é a mais difícil de ser combatida, erradicada, pois é necessário que a sociedade entenda e respeite as diferenças. Dela derivam as demais barreiras como a arquitetônica, a comunicacional, a instrumental, a metodológica e a programática.

 
“As barreiras atitudinais, porém, nem sempre são intencionais ou percebidas. Por assim dizer, o maior problema das barreiras atitudinais está em não as removermos, assim que são detectadas.” (Francisco Lima, 2008).


Uma barreira de atitude muito comum e que temos notado nos locais públicos, tanto nos edifícios quanto nas áreas livres que foram reformados ou construídos pela municipalidade de São Caetano do Sul, é a inserção de novos obstáculos arquitetônicos nos ambientes como degraus, mobiliários com quinas vivas e muitas vezes de material cortante, pisos inadequados, portas de difícil manuseio...

Portas!

Nos sanitários, tanto feminino quanto masculino do Teatro Santos Dumont, reformado em 2008, nos deparamos com esta porta de duas folhas com mecanismo de abertura tipo vai-e-vem ( conhecida como porta bang-bang), que separa a área dos lavatórios da área das cabines com os vasos sanitários, inclusive a cabine acessível - aquela maior e que geralmente é a última das cabines.


Que leigo(a) no assunto poderia imaginar (o profissional responsável, pelo visto, não imaginou) que uma simples porta poderia dificultar a vida de muitas pessoas como, por exemplo, uma pessoa usuária de cadeira de rodas?



Eu, Tuca, tive dificuldades para atravessar por esta porta com a cadeira de rodas: observem que fora necessário posicionar os braços de modo que meus cotovelos segurassem as  folhas.
Segurar as folhas com os cotovelos fora o modo, intuitivo, para que eu pudesse movimentar as rodas da cadeira sem machucar minhas mãos nas folhas da porta; mesmo assim, dei umas raladinhas!





Outro modo fora empurrar as folhas com as mãos, deixando a passagem totalmente livre e utilizando das mesmas  como apoio para impulsionar a cadeira: ...



 


 ... uma pessoa com deficiência fisíca e que faça uso da cadeira de rodas e que não possua os movimentos plenos, tanto dos braços quanto das mãos, não conseguiria passar, com independência e conforto, por esta porta! Necessitaria de ajuda!

Na saída, outro problema devido a mais um erro crasso de projeto: a folha do lado direito abre justamente sobre o vão da porta de acesso ao sanitário obstruindo, assim, a passagem.






Primeiramente fiz várias manobras para me livrar das folhas da porta vai-e-vem; ...


 



... depois,  mais manobras para poder sair do sanitário, cujas dimensões para se fazer o giro com a cadeira se mostraram insuficientes.


 


E, por fim, ainda havia um degrauzinho na soleira! Coisinha boba, claro!



 

Pessoas com deficiência visual também terão dificuldades com a porta! Imaginem uma pessoa cega adentrando o sanitário e, de repente, abre-se do nada uma porta sobre a passagem.

Sendo assim considero, levando-se em conta o conceito de Acessibilidade e Desenho Universal com uma dose extra de bom-senso, que portas com esta tipologia não deveriam ser empregadas em áreas de uso comum!

Este fora apenas um dos equívocos, quanto a Acessibilidade arquitetônica, que observamos nos sanitários; existem outros tantos que serão expostos em outra oportunidade. 




 
Informando que:
o teatro Santos Dumont, embora reformado, não está plenamente acessível conforme o que determina a NBR 9050-04.


Alô, alô Prefeitura! Que tal eliminar mais esta barreira? Afinal, a Acessibilidade não deve estar somente no discurso politicamente correto, sobretudo em ano de eleição!

"O município, que criou em 2010 a Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, informa que todos os edifícios públicos têm acessibilidade, inclusive teatros e parques por rampas e ou elevadores." Repórter Diário.



Tuca Monteiro.


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Barreira atitudinal - O descaso da Semob.





Postado em 05.07.2012



A Barreira Atitudinal é a mais difícil de ser combatida, erradicada, pois é necessário que a sociedade entenda e respeite as diferenças. Dela derivam as demais barreiras como a arquitetônica, a comunicacional, a instrumental, a metodológica e a programática.
 “As barreiras atitudinais, porém, nem sempre são intencionais ou percebidas. Por assim dizer, o maior problema das barreiras atitudinais está em não as removermos, assim que são detectadas.” (Francisco Lima, 2008).




Se você é adepto do transporte à pé; pedestre por natureza que não faz muita questão de ter como extensão do corpo o automóvel, certamente se identificará com as situações nas imagens que irei postar. 

Todo pedestre, incluindo neste TODOS as pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, em algum momento, ou vários momentos de um percurso (origem/destino), já desviou seu  trajeto para o viário devido a presença de partes de carros estacionados sobre o passeio púbico do calçamento, como notamos na imagem abaixo... 


Imagem de  Tuca Monteiro
 
... em que dois cidadãos, estando um em uma cadeira de rodas, tiveram seus trajetos totalmente obstruídos pelo veículo estacionado sobre o passeio: o cidadão que está na cadeira de rodas (trata-se do Amilcar, que não possui mobilidade reduzida,  vivenciando a acessibilidade da Visconde de Inhaúma - leia em A Missão.) neste caso não teve como continuar o percurso, nem mesmo pelo viário, pois não havia entre os carros estacionados no acostamento a largura suficiente para passar com a cadeira de rodas! 

Imagem de Tuca Monteiro.
A senhora da imagem ao lado, que tem mobilidade reduzida, e que faz uso de um andador, para se locomover com maior conforto e segurança, também não teria como continuar seu trajeto neste trecho na Visconde de Inhaúma; nem mesmo uma mãe com um carrinho de bebê! E uma pessoa cega que faz uso da bengala longa ficaria sem referência espacial! 

Esta apropriação indevida do passeio público pelos (as) condutores (as) muitas vezes ocorre devido o recuo frontal dos imóveis dos estabelecimentos comerciais e de serviços não possuírem o comprimento adequado: algo em torno de cinco metros (para mais) de área livre. 

Lembrando que o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) proíbe tal apropriação e, sendo assim, cabe ao Departamento de Trânsito (em São Caetano denominado de DTV, sob responsabilidade do secretário da Semob Iliomar Darronqui, do Partido da República, o PR) multar todos os veículos que estejam obstruindo a passagem dos pedestres. Inclusive proibir certos comerciantes de utilizarem a calçada como prolongamento de seus estabelecimentos!

Pergunta:  

Alguém já viu em São Caetano algum agente de trânsito multando os carros estacionados nestes locais?


Estacionamento da panificadora Nova York na avenida Valter Tomé...

Imagem Tuca Monteiro.

... em que a calçada, propriamente dita, fora transformada em estacionamento para a clientela da panificadora! O pedestre é obrigado a fazer seu trajeto pelo viário. O recuo frontal deste estabelecimento não possibilita que o mesmo seja utilizado como estacionamento e, sendo assim, a Semob deveria proibir esta prática.

Detalhe: logo ao lado fica o Centro de Formação de Condutores (CFC).

 
Imagem Tuca Monteiro.

Outro detalhe: A "candidata do Prefeito Auricchio"  a sucessão, Regina Maura Zetone  (PTB), esteve na reinauguração da panificadora, após a reforma. Será que se atentou a este fato? Será que percebera que a panificadora não está acessível às pessoas com mobilidade reduzida, como determina a Lei Federal 10098 de 2000 e o Decreto Federal 5296 de 2004?



Estacionamento da novíssima panificadora Bella Trigueira,  na avenida Presidente Kennedy...


Imagem de Amilcar Zanelatto.

... os condutores estacionam seus "possantes" aleatoriamente, comprometendo a circulação do pedestre: esta caminhonete, assim como os demais carros estacionados nesta esquina, está obstruindo uma rampa de acesso a calçada (mais uma rampa fora das especificações técnica; leia sobre) e comprometendo a circulação e o acesso ao estabelecimento; notem, na imagem abaixo, que um pessoa usuária de cadeira de rodas terá dificuldades  para acessar a rampa da loja: aliás, rampa que também está fora das especificações técnicas.


Imagem de Amilcar Zanelatto.



Estacionamento do Pet Shop Dog's Day e lojas adjacentes na rua Visconde de Inhaúma...



Imagem de Tuca Monteiro.


... neste trecho da Visconde de Inhaúma é impossível para qualquer pedestre transitar pela calçada: os condutores estacionam seus carros literalmente sobre a mesma. Detalhe: a Prefeitura reformou todo o calçamento desta rua, porém, em alguns trechos, como neste caso, a largura da calçada não atende ao fluxo de pedestres como determina a NBR 9050-04!

Na imagem abaixo observamos um cidadão em cadeira de rodas (trata-se do Fabio Minjoni), um jovem senhor conduzindo um carrinho de bebê e uma jovem senhora, todos desviando o trajeto para o viário devido aos carros estacionados no estacionamento da loja Dog's Day...


 Imagem de Tuca Monteiro.


... estacionamento cujo comprimento não é suficiente para abrigar veículos sem que os mesmos obstruam a passagem do pedestre.


Imagem de Tuca Monteiro.

Três maus exemplos que observamos por TODA  a cidade!


Alô, alô governantes: queremos "cidades amigáveis"  também para os pedestres!

Cidades amigáveis, por Iliomar Darronqui.





 Excelentíssimo Prefeito e Semob: até quando veremos a Constituição Federal (artigo 5o.), o Código de Trânsito Brasileiro e as Leis de Acessibilidade sendo negligenciadas por vocês?



Tuca Monteiro.



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Enviaremos esta postagem para a Ouvidoria Municipal: havendo retorno, postaremos o mesmo nos comentários.