Postado em 04.06.2012
O que sai nas mídias ...
Publicado em 28.05.2012
"S. Caetano é a cidade do ABC com mais rampas de acesso.
Com 31% das ruas adaptadas para cadeirantes, cidade lidera o índice de acessibilidade.
São Caetano é a cidade do ABC com o maior número de rampas para cadeirantes, com 31% de acessos nas ruas, concluiu o Censo 2010, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os dados foram divulgados na sexta-feira (...)" Continuar lendo >
Fonte: http://www.destakjornal.com.br
O Movimento Inclua-se comenta!
Primeiramente, devemos entender que a Acessibilidade ao meio urbano - e, neste caso específico, às calçadas e travessias de pedestres das ruas e avenidas (logradouros) - não se reduz apenas ao acesso de pessoas que utilizam a cadeira de rodas para locomoção, como sugere a matéria e o IBGE mas, também, a todas as pessoas com deficiência, seja ela de ordem física (como, por exemplo, pessoa com paralisia cerebral), sensorial (pessoa cega ou surda) e intelectual (pessoa com síndrome de Down), assim como, as pessoas com mobilidade reduzida (pessoas idosas).
Deste modo, para que uma dada rua ou avenida seja considerada acessível não basta apenas ter rampas de acesso nas calçadas: também é necessário que a largura da área de passeio tenha dimensões que atendam ao fluxo de pedestres; que a inclinação transversal do passeio seja suave; que o piso não cause trepidação em dispositivos com rodas e nem que contenham desenhos que causem sensação de tridimensionalidade, nem ofuscamento na visão, como também não deverá ser escorregadio. Os passeios - incluindo o alinhamento das edificações - deverão estar livres de obstruções como: degraus e ondulações, mobiliários urbanos e elementos suspensos (orelhões) e aéreos cuja altura esteja abaixo de 2,10 m (toldos horizontais). Deverá ter boa iluminação noturna, semáforos sonoros e com temporizador nas travessias; mobiliários e equipamentos urbanos que permitam o uso de todos, e o fundamental: excelente estado de conservação, tanto do piso e rampas como dos mobiliários e equipamentos urbanos! Enfim, calçadas que atendam às necessidades de todos os(as) usuários(as) garantindo a segurança, o conforto, a autonomia e a fluidez, independentemente das condições física (permanente ou temporária), sensorial e intelectual dos mesmos.
Todos estes atributos (infra-estrutura física e ambiental das calçadas) citados, dentre outros, são considerados indicadores de qualidade da acessibilidade (análise técnica embasada em uma metodologia que resultará em um Índice de Acessibilidade - IA) que, obviamente, deverão ser avaliados levando em consideração a percepção dos usuários - neste caso, as pessoas com deficiência e mobilidade reduzida (usuários mais vulneráveis).
Qual fora a metodologia utilizada pelo IBGE para avaliar o Índice de Acessibilidade (IA) das vias públicas, ou melhor, das rampas?
Tal processo levou em consideração o desempenho da cadeira de rodas em cada rampa existente, de modo a se observar se a mesma de fato garante ao usuário o acesso com conforto, segurança e autonomia (qualidade), ou apenas fizeram a contagem (quantidade) das rampas existentes nas quadras?
Observando e vivenciando as rampas de São Caetano do Sul, chego a conclusão de que destes 31% das vias públicas que possuem rampas nas calçadas, uma parcela ínfima poderá ser considera de fato acessível. Se o IBGE tivesse adotado uma avaliação criteriosa, certamente que São Caetano do Sul - cujos slogans governamental são: "Cidade Para Todos" e "Inclusão Se Faz Com Dignidade" - não teria uma única via plenamente acessível. Será que há algum município deste país que realmente possua vias públicas que estejam, de fato, acessíveis?
Esta é a realidade que observamos nas rampas de acesso às calçadas.
E neste link, http://incluase.blogspot.com.br/2009/03/revitalizacao-da-rua-piaui.html evidenciamos como está a acessibilidade nas vias revitalizadas pela municipalidade de São Caetano do Sul.
Tuca Monteiro.
Próxima>>
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